dúvidaas ?

domingo, 24 de abril de 2011

Esse meu escrever...

Acho que não escrevo para agradar a um certo público, nem é meu sonho ser A escritora, nem tenho uma lista com coisas que devo escrever, não tenho roteiro, nem prazo, escrevo sobre o que se passa na minha mente, escrevo para me sentir melhor, escrevo o que vem da minha alma, tudo o que sou, tudo o que sinto, é o que você lê. Não espero elogios, nem me abalo com críticas destrutivas, a cada tecla que eu aperto, surje uma nova ideia, uma nova opnião, um novo pensamento e uma história mais emocionante que a outra.
Ao escrever, permito que vocês leitores, vejam uma parte de mim, as vezes me mostro completamente transparente nos textos, permito que vocês possam ver dentro do meu íntimo, e isso não é todo mundo que faz, escrever textos, foi o meio mais fácil que encontrei de pôr pra fora toda essa confusão de sentimentos dentro de mim, foi a forma que vi de ter uma voz, um talento que nem eu sabia que tinha.
Não me importo se meu texto ficou bonito ou não, se você vai rir, se vai chorar, ou se simplesmente não vai ler, me importo em apenas fazer transparecer o que estou sentindo, escrevo com a alma, com sentimento, me deixo levar por cada parágrafo criado, por cada palavra e viajo em meus pensamentos enquanto escrevo.
As vezes fico horas em frente ao computador pensando, tentando descobrir o que estou sentindo, tentando traduzir a linguagem da minha mente, tentando passar para vocês, oq ue estou sentindo na esperança de que alguns de vocês se identifiquem com a situação escrita, não posso dizer que escrevo sobre romance, nem dizer que escrevo sobre um determinado tipo de assunto, pra um determinado tipo de público, escrevo sobre sentimentos, coisas que acontecem no meu e no seu dia-a-dia, situações simples, mas que nos deixam cada vez mais confusos, e no meio de toda essa confusão me vejo perdida, sempre fui tão controladora, tão certinha, que me vejo sem ação quando navego em meus pensamentos.
Enfim, o meu escrever é diferente de muitos que existem por aí, escrevo com o coração, sobre cabeças confusas, corações destroçados, e almas perdidas.
Escrever é muito mais do que ter um papel e uma caneta em mãos, é ter uma ideia na cabeça e a paixão no coração!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PS.: Te Amo

Enquanto dirijo meu carro pela cidade congestionada, penso em como fui parar ali, me lembro de todo começou, e de como seus olhos se apagaram para mim, enquanto o sinal se fecha, me olho no espelho, e novamente me pergunto por que não consigo tirar de minha mente, seus olhos, enquanto enrolo meus cabelos de um jeito qualquer, é como se viesse aos meus ouvidos a sua voz, me dizendo suavemente que me ama. Como pude perder-te? O que fiz de errado para que você decidisse partir assim, sem nem se despedir?
Eram tantas perguntas que passaram por minha cabeça, tantos sentimentos, sentimentos que até eu desconhecia, pensava em como você sempre estava de bom humor, enquanto as luzes da cidade ultrapassavam meu rosto já cansado, lembrava de quando você chegava do trabalho e jogava sua jaqueta favorita em cima da cama, e eu reclamava de sua bagunça, lembrei de como você adorava me deixar desconcertada, e de como você cantava alto no chuveiro só pra me fazer rir.
Me lembro de como me senti quando percebi que você era a pessoa certa pra mim, me lembro de quando dançou pra mim aquela música que só você sabe cantar muito bem, enquanto me lembrava de tudo isso, dirigia sem parar o meu carro, nosso carro, então me lembrei de quantas viagens nós já fizemos naquele carro, de como você não me deixava dormir no volante e passava a noite cantando e conversando besteiras comigo, e de quando você me admirou tanto no banco do carona que quase bate o carro, me pus a chorar, e a rir. Senti a brisa em meu rosto molhado de lágrimas, e me lembrei de como você gostava do vento no rosto, do sol na pele, e de chuva, me lembrei do nosso segundo encontro, onde nos beijamos pela primeira vez na chuva, lembrei de quando você ficou doente, e de como você reclamava que eu não sabia cozinhar, só pra me irritar, me lembro de quando eu me atrasava pra o jantar, e quando chegava em casa, era você quem estava de avental sujo e pondo a mesa, me lembrei de tudo o que passei com você, e chorei mais por sentir falta do que passamos, e por pensar que nunca mais poderei senti-lo outra vez, logo me lembrei de como você ficava feliz quando me via sorrir, e que sempre me dizia que sofreria mais se me visse triste. Nesse momento que soube, que cada sorriso que eu desce, a cada felicidade que eu sentisse, seria por você.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

F. A.

Quando olho em seus olhos, é como se um novo mundo se abrisse em minha frente, quando vejo teu sorriso bobo em me ver, meu dia se enche de cor, quando te sinto junto a mim, me sinto viva, renovada. Quando conversamos sobre coisas engraçadas por horas a fio, me sinto bem, e quando ouço sair de seus lábios carnudos, com tua voz grave que me ama, sinto que a felicidade paira sobre mim novamente.
Enquanto caminho sobre a areia da praia, me lembro de todas as palavras que me disse, me lembro das mensagens que me mandou, da forma como me olhou na noite anterior, e me sinto feliz, num segundo me transporto pra perto de você.
E quando me sinto sem chão, me lembro de você me dizendo como sou linda e o quanto me ama, e sinto suas mãos passeando por meus cabelos, vejo seu sorriso de quando está com vergonha, fecho os olhos e a sua imagem me vêm na mente, os reflexos do sol sob o seu rosto, você lendo aquele livro favorito, enquanto eu tento lhe tirar a concentração.
Passo o dia inteiro esperando a hora de te ver, te sentir, te amar, e quando a noite cai é só em você que eu penso.
O que sinto por você é divino ....

Mudanças ²

Quanto tempo se passou desde a última vez que nos vimos, como mudou o seu cabelo, seus olhos estão brilhando mais, seu sorriso, embora sempre me surpreenda, continua o mesmo, sua voz está mais suave, e mais doce à os meus ouvidos, sua pele continua macia, e seu jeito quieto e tímido continua lá, intacto. Na verdade não mudou muito desde a última vez que nos vimos, acho que quem mudou fui eu. Acho que na esperança de esquecê-lo tentei mudar-me, mudar o meu jeito de falar, meu jeito de pensar, meu jeito de amar. Minhas atitudes, e o meu andar, quem sabe mudou também o que havia no meu olhar... Enfim, mudei em tantos aspectos, e nem assim você conseguiu me enxergar, mais quem sabe um dia você irá me amar?! Ainda que tudo em mim mude, ainda que mil anos se passem e eu envelheça, meu amor por você nunca mudará. 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Amantes do amor .

Hoje já não sei o que são cores, não sei o que é um jardim vivo e bonito, não vejo um céu azul a muito tempo, nem sinto o vento em minha pele, não me emociono mais com o brilhar da lua, nem com uma música romântica, já não sinto meu coração bater forte como ele batia antes.
Já não tenho frases de amor a fazer, nem vontade de escrever, não tenho vontade de chorar, nem de sorrir, não tenho vontade de te ver, nem de viver, só tenho vontade de morrer.
Enquanto tudo passa lentamente por entre meus dedos, sinto-me dormente, e quando olho para trás e vejo tudo o que já passei, não acredito como pude ser feliz por tanto tempo, amando sozinha, amando o amor, como pude amanhecer todos os dias e sentir o sol em mim brilhar, se não o tinha para me abraçar, e me dar um beijo de bom dia.
Me vejo surpresa quando vejo o quão romântica eu sou, quantos conselhos, quantas frases, e quantos textos saíram de mim, uma eterna apaixonada, mas apaixonada por quem? por você? por ele? por aquele?, ou quem sabe apaixonada pelo amor, como eu existem milhões, milhões de apaixonados por sua própria paixão, que gostam da sensação de estar apaixonado. 
Só precisamos todos nós nos apaixonarmos novamente, esquecer o antigo amor, e quem sabe nos apaixonarmos outra vez pela paixão, pelo amor, afinal de contas, somos amantes do amor.

sábado, 9 de abril de 2011

Sempre é tarde demais quando se quer amar.

Ele a ama;
Ela já não o ama;
Ele liga para ela;
Ela não atende as ligações dele;
Ele lhe manda flores;
Ela as joga no lixo;
Ele sofre e chora por ela;
Ela se zomba da cara dele, pois o acha muito idiota;
Ele escreve para ela;
Ela não lê e queimas suas cartas de amor;
Ele a ama com toda sua alma;
Ela o acha ridículo;
Ele morreria por ela;
Ela não sentiria a falta dele;
Ele morre.
Ela chora;
Ela sofre;
Ela percebe que o amava;
Ela percebe que é tarde demais para amá-lo;
Ela o ama com toda sua força;
Ela se mata;
Eles ficam juntos, mortos, apaixonados e mortos.

" Quem não morre por seu amor, dele não merece viver! " [Tristão e Izolda ] 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Depoimento de um viciado . [part3]

Me vendo sem ter o que fazer, preso naquela caixa de fósforo, comecei a escrever, escrevi tudo sobre minha vida, como era antes de tudo, como eu adorava fazer compras com minha mãe, ajuda-la em casa, como era bom “cabular” aula para fumar um baseado nos fundos da escola com o Gustavo, escrevi sobre o Gustavo, sobre todas as pessoas que passaram por minha vida, sobre o Reverendo, e com o tempo, fui me recuperando, Reverendo então me deixou sair de casa, enquanto caminhava pelas ruas de Nova York, encontrei com uma antiga companheira, Roxy, uma garota de traços angelicais, que sempre estava no galpão abandonado junto com meu bando, se drogando junto com aqueles bêbados, mas Roxy não parecia a mesma naquela noite, parecia estar mais bonita, radiante, parecia estar sóbria, ela estava sóbria! Eu já recuperado, mais no fundo de minha alma querendo ainda sentir o êxtase. Roxy me acompanhou na caminhada, conversamos sobre tudo, ela me disse como conseguiu sair daquela vida, eu disse que estava me recuperando, disse a ela sobre a morte de Gustavo, houve algo de especial naquela noite, Roxy me deu o número do telefone dela, pediu pra que eu ligasse caso tivesse uma recaída, disse que ela iria me ajudar, assim como ajudaram ela.
Voltei pra casa naquele dia, feliz, não entendia porque tamanha felicidade, conversando com o Reverendo, descobri que estava sentindo algo especial por Roxy, decidi ligar para ela.
-“Alô?”
-“Roxy... é o Rob.”
-“Oi Rob, queria mesmo falar com você, tenho algo que acho que vai te ajudar a se recuperar mais rápido!” - Disse ela animada.
-“Está certo, me encontre no café às 07:00.”
Encontramos-nos no café do Dickerson, naquela manhã de Domingo às 7:00 horas. Roxy parecia tão serena, calma e estava tão linda, não era normal sentir o que estava sentindo, minhas mãos soavam, meu estômago esfriava, e minha voz não saía.
Roxy me disse que o teatro “Hidden” estava abrindo o palco para anônimos, e ela estava fazendo parte de um grupo de ex-viciados, que subiam no palco e contavam suas histórias, e ela me disse que isso ajuda bastante, pois você ganha apoio de várias pessoas que se sensibilizam com seu depoimento. Eu gostei da ideia, mais logo depois me veio um medo, pois me lembrei da morte da senhora, da morte de Gustavo, e fiquei com medo de revelar algo tão sério assim. Mas mesmo assim, resolvi tentar, Roxy me deu todo o apoio.
Na noite de Sábado, dia 15 de Novembro de 1992, eu fui ao Teatro “Hidden” pela primeira vez, revelar meus pecados à o público ali presente. Reverendo na plateia, se emocionava vendo minha melhora, Roxy e o resto do público estavam paralisados com minhas história, você também deve estar neste momento... Enfim, sempre que podia ia no Teatro pra contar minhas história, e ao decorrer do tempo, a plateia se emocionava mais, e o número de pessoas aumentava. Reverendo faleceu de ataque cardíaco, e deixou para mim e Roxy, sua casa, suas economias, e tudo o que lhe pertencia, descobri a história de Reverendo, ele era Padre em uma igrejinha de um pequeno bairro, e devido à o aumento de adolescentes drogados, e perdidos, Reverendo largou a batina, e começou a resgatar garotos e garotas, nas ruas de Nova York, ele os levava para casa, lhes dava comida, teto, e os tratava, Reverendo já tirou mais de 5 mil adolescentes do mundo das drogas. Reverendo era Robbie David Williams, faleceu aos 85 anos, e foi meu herói, e de muitos outros adolescentes. Bom meu caro... Hoje eu sou escritor, palestrante, e Roxy é mãe de Jessie, nossa linda filha de 5 meses, Roxy é atriz, e administra o  Teatro “Hidden”, que foi comprado com o dinheiro que Reverendo deixou para mim. 
The End.

Depoimento de um viciado [part2]

Vi Tiago usando uma seringa no braço, logo depois eu vi ele em estado de êxtase, me deu vontade de experimentar, “deve ser legal”, pensei. Pensamento idiota!
Resolvi experimentar o tal êxtase, Tiago me ensinou como se fazia, e de uma hora pra outra tudo foi ficando colorido, risos, músicas, cenas, tudo o que era bom passou pela minha cabeça naquele momento, me deu uma sensação maravilhosa, algo que me consumia de forma que não conseguia lutar contra aquela sensação.
Insisti para que Gustavo experimentasse também, Gustavo relutou, mas experimentou.
Semanas depois, continuamos nessa mesma rotina, no início, era coisa de fim de semana, depois, era todos os dias da semana, foi quando começou a ser toda hora...
Largamos a escola, nos juntamos com outros moleques de rua, e começamos a roubar, roubávamos velhinhas, velhinhas cara! Em uma noite de sexta-feira, partimos para mais um roubo como de costume, neste dia, não havia quase ninguém nas ruas.
Uma senhora vinha caminhando segurando algo que parecia ser uma pequena bolsa, uma vítima para eles, uma senhora indefesa para mim. Saint, o mais frio, e mais viciado de todos nós, foi quem atacou essa senhora, ela tentou resistir, e Saint a matou.
Depois daquela noite, minha vida nunca mais foi a mesma, minha cabeça repetia sem parar aquela cena, e minha consciência me dizia “você estava lá, e não fez nada, seu desgraçado”.
Sempre me meti em confusões, em uma fuga, Gustavo levou um tiro na cabeça, e eu não pude fazer nada para salvá-lo pois também estava fugindo, queria muito salvá-lo mais era a vida dele, ou a minha. Todos os dias de minha vida, eu me lembro de Gustavo, sempre dizendo para não irmos, para não roubarmos, e ele sempre ia por minha causa, nunca entendi por que ele sempre estava comigo, hoje eu imagino por que, ele sempre esteve ali para me proteger, pra caso acontecesse algo comigo, ele estivesse ali para me levar de volta para o meu mundo.
Depois da morte de Gustavo, fiquei desnorteado, sem saber por onde andar, em um dos becos por onde andei, encontrei o Reverendo, nunca entendi porque o chamavam assim, mais nunca gostei de chama-lo de Reverendo, então o apelidei de Rev.
Rev. Me acolheu, me encontrou jogado em um canto do galpão abandonado onde comecei a me drogar, Ver. Me encontrou em péssimo estado, quase congelado, coberto de neve pois haviam buracos por todo o galpão, me levou pra casa, quando acordei, todo ensanguentado, com ferimentos por todo o rosto, e com ressaca, Rev. Insistiu para que eu ficasse morando com ele, eu relutei, Rev. Me trancava em casa à noite, me impedia de ir encontrar com meu bando, de fazer assaltos, de me drogar, eu ficava louco, subia pelas paredes, doía demais, a falta daquela droga circulando por minhas veias, me doía como se estivesse levando facadas por todo o corpo. Era uma cena deprimente, eu me debatendo, quebrando todos os móveis da casa, e Rev. Pondo cadeados enormes nas portas, e me segurando com força para me impedir de fazer coisa pior. 

Depoimento de um viciado . [part1]

Tudo começou quando mudei de escola, novos amigos, novos professores, novo ambiente, tudo novo. Meu amigo o Gustavo, foi o único que ficou na mesma escola que a minha, Gustavo era sempre muito reservado, era um rapaz de planos, quero dizer, ele sabia o que queria para o seu futuro, sempre falava em casa própria, filhos, esposa, bom emprego... Essas coisas, que para mim eram caretas. Gustavo era aquele tipo e pessoa que desde que pirralho já sabemos que vai se dar bem no futuro, já eu... um João-ninguém, que não queria nada com a vida, adorava “cabular” as aulas pra fumar um baseado atrás da escola, Gustavo ia comigo, até puxava um, mais sempre cortava meu barato dizendo que estava na hora de voltar pra a sala.
Quando mudamos pra essa escola nova, Gustavo me fez prometer que eu iria ser responsável nos estudos, que não iria mais “cabular” as aulas pra fumar baseado, e que eu me tornaria um aluno exemplar. Humpf! BOBAGEM! Eu sabia que nunca iria conseguir cumprir aquelas promessas, sabia que eu seria como sempre fui, mais de certa forma, 1% de esperança habitava meu peito. Assim que chegamos na escola nova, conhecemos o Tiago, o cara mais popular da classe, ou melhor, da escola. Era o mais velho de nossa classe, aos Dezenove anos ele ainda cursava o 1º ano, os professores já não sabiam o que faziam com ele, tinha uma fama nada respeitosa, mais nós um tanto inocentes, e querendo fazer amizade na escola, não ligamos para isso.
Na terceira semana de aula, muito bem enturmados com o resto da turma, nós já andávamos com a galera, em uma noite de sábado, o Tiago nos convidou para ir em um bar, o “Bar do Joe” onde só iam os melhores da escola (segundo ele), o Gustavo ficou duvidou um pouco, mais eu consegui convencê-lo a ir, chegando neste bar, só haviam adultos, entre esses adultos, três de nossos professores, Gustavo ficou irado e nervoso, é claro. Tiago nos desafiou a tomar uma garrafa de vodca em um gole só, eu como queria parecer corajoso ou sei lá o que, topei na hora, e tomei em um gole só a garrafa, depois de feito, tive uma sensação estranha, de repente tudo começou a girar, o rosto de Gustavo começou a ficar desfigurado, via todos rindo de mim, Gustavo balançava a cabeça em sinal negativo, e eu não entendi mais nada.
Por volta das 3 da madrugada, saímos do bar onde estávamos, e fomos andar por aí com o Tiago e mais três de seu bando, Gustavo estava sóbrio, eu, nem tanto, trôpego, eu era empurrado de um lado a outro por Tiago e um de seus “capangas”, eu sentia que algo estava errado, sentia que não deveria ter ido à aquele lugar, Gustavo gritava pelas ruas, pedindo ao Tiago que parasse de brincar com meu corpo incontrolável, e fedorento.
Tiago disse à Gustavo –“Vamos, vou te levar em um lugar maneiro, pra você calar essa boca e curtir com agente. Pirralho chato”- Disse Tiago em tom brincalhão, e com a voz pesada. Chegamos nesse “tal lugar”, era uma espécie de galpão abandonado, assim que entramos, Gustavo percebeu que não era Tão abandonado assim, podíamos ver várias pessoas, jogadas ao relento, todas tremendo de frio, com cor morta, alguns até bem vivos, todos drogados e embriagados, Gustavo logo sentiu um arrepio na espinha e sentiu que não deveria estar naquele lugar, com aquelas pessoas, e que deveria me tirar daquele lugar o quanto antes.
Tiago jogou meu corpo num sofá velho e empoeirado, me deu tapas no rosto para que eu “acordasse”, nesta hora vi minha visão embaçada, tudo girando, e rostos, vários rostos da mesma pessoa, mais não consegui dizer quem eram.